MANUMITIDOS - Uma Sensação Avassaladora.

MANUMITIDOS - Uma Sensação Avassaladora.

Autor(a):Idenilton J. N. dos Santos

PRIMEIRO PASSO! VAMOS CONVERSAR?

Olá! Meu nome é Nixson. Estou saindo de um aeroporto, agora.

Estou no carro de uma amiga: Cíntia. Viemos nos despedir de Samantha, uma amiga em comum, que está indo para a Europa. Sua família tem condição financeira muita boa, e viabilizou, para ela, um curso na Europa. E, durante o curso Samantha, já irá instalar um escritório da família por lá.

Os últimos meses foram de fortes emoções. Hm-hum!… Sim. De fato.

Pensando bem, a minha vida é cheia de fortes emoções. Ah! Você não acredita? Então vem comigo.

Vou te contar um pouco da minha jornada, como um bobo convicto… Sim. Isso mesmo. Eu disse exatamente isso: um bobo convicto… E consciente. Como dizia titia Beatriz.

Venha comigo, nesta jornada, e, depois, você entenderá o porquê de eu estava no aeroporto com Cíntia. Então aí pode ser que queira dar sua opinião.

Ainda muito cedo aprendi que é melhor… bom… É melhor, mais seguro, e mais tranquilo, ser um bobo convicto e consciente, que um "sabidão" . Aquele tipo espertalhão. Sabe? Certamente você deve conhecer gente do tipo, pois como pragas, abunda no mundo esse tipo de gente.

Ainda podemos citar aquelas figuras que estão sempre tentando chamar a atenção para si a Todo custo. De preferência aos custos alheios. Há os que querem se dar bem em tudo. Gente ruim... E aqueles que agem como se soubessem de tudo, todavia nada fazem de concreto. Ou ainda aqueles de opinião formada sobre tudo, mas pelo ponto de vista da ciência mais praticada no mundo: ACHOLOGIA. Aquela turma das teorias fundamentadas no princípio acadêmico do “acho”. Assome-se a esses os arrogantes, os machistas, os preconceituosos, os futriqueiros, os invejosos, os misóginos, etc.

Premente, portanto, ressaltar que há ainda aqueles que são uma amálgama de tudo isso. E Ainda vem com uma pitada de bandidagem, quando não o é por inteiro. Esses estarão sempre na mira de todos, e vigiados por todos. Por outro lado. Nós, os BOBOS, que somos poucos, quase uma espécie em extinção, não chamamos a atenção, e quase não somos notados. O que nos faz os parceiros ideais para  aquelas, mulheres discretas, mas bem resolvidas e dispostas a viverem suas aventuras, demitidas das amarras da censura e dos tabus. Sendo um bobo convicto e consciente, seremos bons

cúmplices e parceiro valorosos. O que é o ideal. Assim nos tornamos sujeitos especiais. Verdadeiras joias raras. São poucas as mulheres capazes de notar a diferença entre um bobo qualquer e um “bobo convicto e consciente”.

Ãh? Então você não concorda que um homem bom, compreensivo, dedicado, carinhoso, cúmplice, atencioso, e até caseiro, algumas vezes…, ou melhor: um bobo, como eu… pode ser um bom amante? Hm-hum!… Você descobrirá, mais adiante, que nesse contexto, pode muito bem-estar enganada. Existem mil maneiras de ser "homem". E eu inventei a minha. Ou melhor, aprendi a minha. E vou te mostrar, contando a incrível jornada de um bobo convicto, que pode ser interessante, assim, talvez, você acabe entendendo haver um grande equívoco no que tange ao conceito de bobo. Assim, por oportuno, peço

que observe atentamente que não menciono a expressão bobo, simplesmente. Não o faço. Tenho mencionado “um bobo convicto e consciente”, portanto resta evidente e indiscutível que não falo de um bobo qualquer.  Não se deve generalizar tal conceito. Pois falo de um espécime raro: O bobo convicto e consciente.

Então vamos ao que interessa.

Você já deve ter ouvido pessoas reclamando da dificuldade comum a para fazer uma  introdução de qualidade, para que seu texto possa atrair as pessoas para a mensagem contida na sua narração, fictícia ou não. Sinceramente? Estou pouco me lixando para isso.

Proponho combinarmos o seguinte: iniciarei pelo começo, e pronto.

Lá vamos nós, voltando alguns anos:

Quando criança eu era um garoto tímido.

Tive a típica vida difícil de um garoto com muitos irmãos, e primos. Família grande.

Era tocado gravemente pela maldição da timidez.

Vivia em uma cidade interiorana. Grande em extensão, porém pequena devido às gestões ruins dos recursos e do potencial do município.

Neste cenário desfavorável, a minha mãezinha, e meu pai, tinham muitos filhos. Sim, uma família típica e tradicional do interior, com muitos filhos, para reforçar a mão de obra na lida com a terra e os animais. Apenas mais uma família humilde com muitos filhos. Seria então a minha história apenas a narrativa da trajetória difícil e fracassada de um garoto de mais uma família interiorana se não fosse pela incrível trajetória de aventuras que experimentei, vivendo, discretamente, como um bobo convicto e consciente.

Vivíamos… ou melhor: realmente sobrevivíamos com o pouco que produzíamos naquela nesga de terra. Além de alguns trabalhos avulsos e eventuais.

Meus irmãos e primos eram desenrolados, astutos e cheios de vivacidade. Todos tinham muito jogo de cintura, eram criativos, despachados e se viravam bem. Até as garotas. Ou melhor: principalmente as garotas.

Todos, na família, eram bem desinibidos. Todos, exceto eu, que devido à timidez tinha dificuldade para me relacionar com as pessoas da cidade. Se mal conseguia conversar, imaginem então arrumar uma namorada. Mas graças a isso vivi muitas coisas interessantes.